domingo, 5 de outubro de 2008


Por nossa Colaboradora Bel:







DESENCANTO



Eu faço versos como quem chora

De desalento. . . de desencanto. . .

Fecha o meu livro, se por agora

Não tens motivo nenhum de pranto.



Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .

Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias.

Amargo e quente,

Cai, gota a gota, do coração.



E nestes versos de angústia rouca,

Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.



- Eu faço versos como quem morre.



Teresópolis, 1912.



REFERÊNCIA: Manuel Bandeira em A Cinza da Horas de 1917

4 comentários:

vivi disse...

rsrs... Que encanto. Esse desencanto... Assim como a vida cheias de momentos encantadores... mas também de tristes desencantos...
Bel, vc precisa parar de me emocionar assim... primeiro Cora, agora .... Meu Deus, qual será a próxima emoção?!rsrs...
Papi... colaboradora encantadora essa sua não?!
Duplinha... uma ótima semana para vcs... Beijus.

Anônimo disse...

Aconteceu algo na hora de mandar o comentário não sei se foi processado mas enfim... eu faço outro!!

O dia aqui está chuvoso, cinzento e frio realmente um convite a Manuel Bandeira. Acho que você entrou em acordo com os deuses não foi Papillon? Rss Ahhh você está relembrando os quarenta anos de sua morte também?? Rss

Não esperava que publicasse esse poema de todos que mandei ele realmente era o mais "dramático" sei lá...não combinava muito com sua irreverência adorei a surpresa!!

Ps: dia 09/10 quinta não esqueça tem email pra ti!!!

bjs

Charlotte disse...

Desencanto... Eles contam nosso estado de espírito de forma encantadora...

Um beijo

Gostaria de ver Gonçalves Dias por aqui...O Poema?!

Quem adivinhar ganha um doce....

Anônimo disse...

Só me inspiro com chocolate!! Rss

Sabiá e palmeiras são especialidades de Papillon!!!

Gonçalves Dias que revelação!! Nunca iria imaginar!! Rss

bjs