sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Brasileira


Meu Brasil que amo.
Que terra e que povo lindo.
Quantas linguas, quantas cores e sabores que aqui podem existir?
Me encontro ao sair desse meu lugar e logo desejo a ele retornar.
O Brasil nunca sai de mim e ao sair do Brasil sei que sempre irei voltar.
Sou brasileira, sem muito orgulho:
Aqui muitas coisas deve-se modificar!
Mas, sim sou brasileira de emoção.
Sou brasileira de coração!
Povo como o meu: não há em outro lugar!
Um povo gentil, batalhador, solidário, sedutor e conquistador.
Salve, Salve terra amada que es tu meu Brasil.(por Papillon)

Como gostei muito dessa brincadeira com as imagens e tenho encontrado coisas bacanas e interessantes.Bem, nada mais justo que dividir algumas delas e divulgar aqui.
Encontrei essas imagens faladas no blog de meu amigo Silvio e trago para acrescentar o Bienvenue-Amie. http://salvadornasoladope.blogspot.com/





O POETA COME AMENDOIM
(Mário de Andrade)*
Noites pesadas de cheiros e calores amontoados...
Foi o sol que por todo o sítio do Brasil
Andou marcando de moreno os brasileiros.
Estou pensando nos tempos de antes de eu nascer...
A noite era pra descansar. As gargalhadas brancas dos mulatos...
Silêncio! O imperador medita os seus versinhos.
Os Caramurus conspiram à sombra das mangueiras ovais.
Só o murmurejo dos cre'm-deus-padre irmanava os homens de meu país...
Duma feita os canhamboras perceberam que não tinha mais escravos,
Por causa disso muita virgem-do-rosário se perdeu...
Porém o desastre verdadeiro foi embonecar esta República temporã.
A gente inda não sabia se governar...
Progredir, progredimos um tiquinho
Que o progresso também é uma fatalidade...
Será o que Nosso Senhor quiser!...
Estou com desejos de desastres...
Com desejo do Amazonas e dos ventos muriçocas
Se encostando na canjerana dos batentes...
Tenho desejos de violas e solidões sem sentido...
Tenho desejos de gemer e de morrer...
Brasil...
Mastigando na gostosura quente do amendoim...
Falado numa língua curumim
De palavras incertas num remelexo melado melancólico...
Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons...
Molham meus beiços que dão beijos alastrados
E depois semitoam sem malícia as rezas bem nascidas...
Brasil amado não porque sejam minha pátria,
Pátria é acaso de migrações e do pão-nosso onde Deus der...
Brasil que eu amo porque é o ritmo no meu braço aventuroso,
O gosto dos meus descansos,
O balanço das minhas cantigas amores e danças.
Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada,
Porque é o meu sentimento pachorrento,
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir.

Colaboração de Bel.


MEMÓRIA

Quando foi aquele tempo
em que eu me olhava, sonhando,
nas águas desta bacia
e via o rosto da moça
que, do fundo, me sorria?


Onde foi parar o sonho?
Pra onde foi a magia?
Pra onde o rosto da moça
que, do fundo, me sorria?


Em que águas refletida
sorri agora, tardia,
a face que me sorria
lá no fundo da bacia?

REFERÊNCIA: Maria Thereza Noronha, em A Face na Água (1990)


Vai ser fácil

Vai ser fácil te esquecer.

Basta que não abra os olhos
pois em tudo vejo tua presença.
Basta que não respire
para fugir do teu perfume irresistível.
Basta que nossos corpos não se toquem,
pois esse contato me leva a seguir-te
como a lua gira fielmente ao redor da terra.
Basta que não durma,
Para evitar que, absoluta e segura,
compareças nos meus sonhos,
como quem passeia em seus conhecidos domínios.

Viu como vai ser fácil?...


Referência: Solange Rech em DE AMOR TAMBÉM SE VIVE de 1999


A PROCURA

Andei pelos caminhos da Vida.
Caminhei pelas ruas do Destino –
procurando meu signo.
Bati na porta da Fortuna,
mandou dizer que não estava.
Bati na porta da Fama,
falou que não podia atender.
Procurei a casa da Felicidade,
a vizinha da frente me informou
que ela tinha se mudado
sem deixar novo endereço.
Procurei a morada da Fortaleza.
Ela me fez entrar: deu-me veste nova,
perfumou-me os cabelos,
fez-me beber de seu vinho.
Acertei o meu caminho.

REFERÊNCIA: Cora Coralina em Meu livro de Cordel de 2001



Gentileza para você!!

Aleph Aline, obrigada por toda a gentileza!! Mas, o mais importante é a gentileza feita a você mesma!! Isso me deixa muito feliz!!
Como você sempre me falou: : Gentileza Gera Gentileza!!
Ah, não vamos confundir gentileza com engolir sapos ou levar desaforo para casa, não é mesmo?
Ser gentil é cuidar e atentar para o outro e principalmente ser gentil é saber que “gentileza gera gentileza”.
Desejo que você continue caminhando nessa trilha da busca do seu EU. Que sobreviva a todos os tremores no caminho dessa estrada da vida praticando todas a gentilezas possíveis a você.
Boa Sorte e seja feliz antes com você e depois será com um outro!!
Gentileza Gera Gentileza!
Beijos,
Papillon.
Gentileza

Marisa Monte
Composição: Marisa Monte

Apagaram tudoPintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muroTristeza e tinta fresca
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza
Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Borboletas!!!

Essa música foi um presente de minha colaboradora e resolvi fazer esse video-post!! Como bem disse Cocci: " tomei gosto agora tudo se transforma em video!!" kkkkkkkkk
Gente diga se não é minha cara!!
Quantas lembranças boas com essa música!!
Obrigada, Bel!!





Borboletas
Luciana Mello
Composição: Jair de Oliveira


Borboletas são tão belas o que seria delas
Se não pudessem voar?
O céu e as estrelas não poderiam vê-las passar
Lá fora eu vejo um mundo
E sinto lá no fundo
Que aqui não é o meu lugar
Eu sou pequenininha e fico aqui sozinha a sonhar
O meu coração me diz
Que um dia ainda vou ser feliz
Voar para bem longe como eu sempre quis
Um dia eu tive a chance de ter ao meu alcance
O que fez transformar
Sonho em realidade, escuridão em brilho no olhar
Eu vi que na verdade
A dor um dia pode ter fim
Achei a liberdade, ela tava dentro de mim
O meu coração me diz
Agora eu já sou feliz
Voei para bem longe como eu sempre quis

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Colaboração de Bel.


TRAJETO

era meio sem querer que acontecia isso
não tinha um compromisso uma coisa definida
ia rolando do jeito que vai a vida
você sabe como.

a gente vai se virando meio cão sem dono
aí pelas avenidas
vai mudando de pensão
e a coisa toda não é muito simples mais que isso
você sabe que não.


REFERÊNCIA: Bruna Lombardi em O PERIGO DO DRAGÃO DE 1984


SONATAS II

Partir para bem longe,
onde o amor seja um hino de paz.
E quando o passo for ausência
nas cadeias do passado
Possa o pensamento esquecer
que um sonho foi amado.

Partir para tão longe
esfarrapando em brancas mãos
a miragem que foi tempo
em dádiva de esperança.
E seguir semeando pelo chão
o pranto em sorriso de criança.

Partir para mais longe,
sem ódio, temor, nem amargura,
tateando nos abismos do infinito
o mistério de tanto querer.
E seguir apagando na ternura
as pegadas de um amor, não ser.


Referência: Aparecida Levy em Baladas de 1982

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Parabéns, Belzinha!!!



Amigos, nossa colaboradora Bel completa mais uma primavera e não poderia deixar de comemorar esse dia com ela e contar isso para vocês. FELIZ ANIVERSÁRIO, Bel!!!

Hoje é o dia que comemoramos o dia de seu nascimento, Bel!! Viva a Bel!!! E que prazer ter você fazendo parte de nossas vidas e dividindo seu conhecimento nessa sua colaboração tão carinhosa e poética.

Belzinha quero desejar a você muita saúde, sorte e muiiiiitaaaaaaa felicidade!!!
E claro que para comemorar esse dia nada melhor que dedicar a você nossa querida Cecília Meireles com sua “A arte de ser feliz”.


A arte de ser feliz
(Cecília Meireles)



Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.

Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Colaboração de Coccienelle

Ao enviar para Papi o vídeo-poema Blanco cantado pela Marisa Monte, não podia imaginar que ele daria origem a outro belo poema. Explico-me. Ao comentar o vídeo-poema TRANSBLANCO que fiz especialmente para o blog da Papi, a Bel, com sua enorme sensibilidade, postou o seguinte comentário:
"Um enigma! Vejo minhas mãos, meus pés e pernas mas não consigo enxergar meus próprios olhos, minha face, minha expressão de dor e alegria...não meus olhos não enxergam a si mesmos sem a ajuda do outro... "Me vejo no que vejo" refúgio seguro é a casa aberta! Seja bem vinda!! Rsrsrs"
Diante de tão belas palavras, o que fazer? Como sou uma joaninha atrevidinha, transformei o comentário da Bel em um poema falado.


Bienvenue
(por BEL)

Vejo minhas mãos,
Meus pés e pernas
Mas não consigo enxergar meus próprios olhos,
Minha face,
Minha expressão de dor e alegria...
Não! Meus olhos não enxergam a si mesmos sem a ajuda do outro...
“Me vejo no que vejo”
Refúgio seguro é a casa aberta!
Bienvenue!!

Produzi esse clipe especialmente para a BEL e para o Blog da Papi.
Beijos de Coccinelle para ambas.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Colaboração de Bel.


TOMA O TEU CORAÇÃO

Taí, toma o teu coração.
Sem ele não podes viver.
Eu quero só um pedacinho;
distribui a maior parte
com quem quiseres.
Agora me dá o meu.
Fica com um pedacinho.
A outra parte
vou repartir
com todo mundo.

REFERÊNCIA: Francis Mary Alves de Lima em Filha de Tupã da coletânea Língua Solta Poetas Brasileiras dos Anos 90 de 1994


Sempre falta algo...

Sempre falta algo
um gesto
um silêncio
uma curva do pescoço

Sempre falta aquela cor no olho
a ironia espalhada
ares de implacável fumaça

Pode-se morrer nessa
buscando a doçura de manhã
Esse papo de only you

REFERÊNCIA: Pauline Alphen em Boca a Boca da coletânea Língua Solta Poetas Brasileiras dos Anos 90 de 1994

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Poema Falado!! Uma versão áudio-visual, para ser ouvido e visto!!

Mar sem fim






"Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim."

"Textos da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen"

Momento especial com poemas de: Sophia de Mello Breyner Andresen


A hora da partida

A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.

A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.


Liberdade

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.


Mar


Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.

E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pensando na Bahia!!

Hoje tenho uma homenagem especial!!!
Ei, Pessoa é para você!!!
Adorei esse brinquedinho novo e hoje resolvi fazer um vídeo especial com uma musica que adoro e com imagens da minha terrinha e dos meus lugares favoritos que claro você conhece. São fotos quase todas feitas por mim...tem só duas do por do sol que peguei na internet....Será que é especial para você também...E então alguém com saudade da Bahia? Será que isso pode ser um convite para quem não conhece também?
Cocci, o que você achou das aulas de vídeo?
Beijos a todas e a você Pessoa Linda!!


Quando Eu Penso na Bahia
Ary Barroso (1937)

Quando eu penso na Bahia
Nem sei que dor que me dá
Oi, me dá, me dá me dá [bis]
Me dá, me dá me dá, Iaiá
Se eu pudesse, qualquer dia
Eu ia de novo pra lá
Ora, não vá não vá, não vá, ajá
Eu vou, eu vou, se vou, Ioiô
Eu deixei lá na Bahia
Um amor tão bom, tão bom, Ioiô
Meu Deus, que amor!
E desse amor só quem sabia
Era a Virgem Maria
Nasceu, cresceu, viveu
E lá
Mas, quem sabe se esse amor
Que ficou lá na Bahia, oi
Já se acabou?
E se assim for, eu sei de alguém
Que lhe quer muito bem
Quem é?
Sou eu
Eu quem?
O seu Ioiô




Colaboração de Coccienelle

Aceitei o desafio de Papi e envio meu olhar sobre os versos recitados pela bela voz da Grazi (que não é Massafera, graças a Deus!). É poema para ver e ouvir. É Poema Falado. Espero que gostem desse Horizontes. Papi, você já sabe como colocar vídeo no blog. Um abraço




sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Colaboração de Bel.



Aqui

Tenho um lugar em mim,
Em que me meto, Deus meu,
Na busca desatinada de mim.

Aqui estou, agora. Aqui, no meu lugar,
Aqui, sozinho, comigo, me argüindo
Nesta busca sem fim, de mim.

Aqui, metido em mim.
Consolado de me ser, qual sou,
Só quero saber quem sou.

REFERÊNCIA: Darcy Ribeiro em Eros e Tanatos a poesia de Darcy Ribeiro de 1998


SONETOS DA AUSÊNCIA

I

Se a saudade que vem é passageira
e o amor é fogo a arder em breve instante,
deixa que eu leve ao coração sangrante
minha palavra amiga e companheira.

Deixa que eu chore e sofra e ria e cante
e colha a paz na lágrima primeira,
pois o lembrar-te é como uma fogueira
que me persegue em frêmito incessante.

Deixa que eu sofra nas corolas, ria
nas madrugadas, me desfolhe em sinos,
e me perca no céu como no mar...

Deixa que eu me desfaça em melodia,
que eu me alucine em risos de meninos,
que eu me procure para não me achar!

XXXIII

Onde estás já não sei. Senti bem perto
teu corpo desejado e sempre esquivo.
O amor é um sonho tanto mais incerto
quanto se faça latejante e vivo.

Procuro em mim a estrela e nada vejo.
Quando foi que a perdi? Não me lamento.
Mas o desejo, a febre do desejo,
uiva no vento e se desfaz no vento...

Tudo é saudade em mim. Se estendo os braços,
não colho o teu silêncio. E estás distante...
Mas como em mim não sonhas, não insistes

em superar insônias e cansaços
e colocar no coração amante
coisas da infância, muito embora tristes.


REFERÊNCIA: Alphonsus de Guimaraens Filho em Só a noite é que amanhece 2003


A Arte de Amar

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

REFERÊNCIA: MANUEL BANDEIRA em O melhor da Poesia Brasileira 2005

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Poema Falado!! Uma versão áudio-visual, para ser ouvido e visto!!

Oi, amigos, colaboradores e visitantes!!
Apresento a vocês o novo projeto do blog: Poema Falado!
E então quem será o próximo?Você pode envia a voz e eu faço o vídeo como foi feito com a corajosa e estreante Grazi. Gostou Grazi? A ultima imagem foi especial para você!
Gente, lembrem que é minha estréia também em vídeo!! Vocês podem enviar tudo pronto no meu e-mail e isso ainda será melhor por que só faço o post(isso se for aprovado!).
Desafio está lançado espero a sua vez!
Cocci, obrigada por suas aulinhas de vídeo.
Bel, então, é assim o projeto que você pensou?
Beijos a todos!!
Vamos agora nos deliciar e aguarda as novidades e comentários aiaiai.





O texto usado por Grazi é a musica Horizontes de
Flávio Bicca Rocha -1983.
Essa música foi criada para a peça "Bailei na Curva"

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Colabaroção de Coccienelle

Depois de duas semanas sem colaborar com o Bienvenue-Ami, senti-me na obrigação de presentear Papillon com um belo poema na sua versão escrita, para ser lido no tempo de cada um, e depois na versão áudio-visual, para ser ouvido e visto. Trata-se de uma reflexão minha sobre as palavras do Octavio Paz e a música da Marisa Monte. Existem outras reflexões possíveis. Seria ótimo se cada um que frequenta esse espaço contribuisse com a sua reflexão. A proposta está feita. Voilá!



Blanco

(Autor: Octavio Paz / Tradução: Haroldo de Campos)

Me vejo no que vejo
Como entrar por meus olhos
Em um olho mais límpido

Me olha o que eu olho
É minha criação
Isto que vejo

Perceber é conceber
Águas de pensamentos
Sou a criatura
Do que vejo

Transblanco - uma reflexão
(clipe produzido por Coccinelle - http://www.jesuiscoccinelle.blogspot.com/)

Poema na versão áudio-visual, para ser ouvido e visto.





segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dia do meu aniversário!!!!



Soneto de aniversário
Vinicius de Moraes

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.


(Rio, 1942)
Texto extraído da antologia "Vinicius de Moraes - Poesia completa e prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 451.





Hoje não é um dia como outro qualquer, é o dia do meu aniversário! Parabéns a mim!!!
É uma data que se repeti a 38 anos...sim a repetição do dia e do mês em que eu nasci... Num sentido mais geral, aniversário refere-se à comemoração de um acontecimento anual de qualquer evento importante, como o nascimento de alguém ou comemoração de uma data importante...Hoje é a data de meu nascimento! Muito importante pra mim e para outras pessoas, assim espero!!!

Bem, brincadeiras aparte essa data mostra a chegada de uma etapa nova e a passagem de muitas outras vencidas e a chegada também do amadurecimento!!! E com ele também chega a grande pergunta: o que eu fiz até aqui? O que tenho para fazer ainda?
Vixe, quanta descoberta e quanto a descobrir!!!
Fiz muitas coisas, realizei muitos sonhos e outros ainda não. Mas o que não realizei ainda tenho tempo para fazer(assim espero e desejo!!), são apenas 38 anos...quanto amadurecimento e quanto ainda tenho para aprender....sim aprendizado é a palavra que defini mais um ano de vida... cada momento que passou o novo aprendizado chegou....algo que sei que faço com sabedoria é aproveitar as oportunidades.....essas não deixo passar!!

Obrigada a todos por suas mensagens de carinhos, e-mails, por presentinhos e principalmente por sua atenção nesse dia......

E Salve, Salve também Yemanjá!: “dia dois de fevereiro é dia de festa no mar porque é o dia de reverenciar a mãe de todos os orixás, a senhora do mundo, Yemanjá!” e para saber mais sobre ela aconselho uma visitinha ao blog de Silvio:
http://salvadornasoladope.blogspot.com/2009/02/dia-de-festa-no-mar.html