
Poema perto do fim
A morte é indolor.
O que dói nela é o nada que a vida faz do amor.
Sopro a flauta encantada e não dá nenhum som.
Levo uma pena leve de não ter sido bom.
E no coração, neve.
Ninguém me habita
Ninguém me habita. A não ser
o milagre da matéria
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita. Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam, me chamam
(meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.
2 comentários:
Oi! Nossa lindo esses poemas... Mas sera mesmo a morte indolor my friend... rsrs... Adorei isso ... "Ninguém me habita. A não ser o milagre da matéria que me faz capaz de amor..." Papi mas quem é essa pessoa Thiago de Mello a quem vc dedica?! rsrs... posso saber?! rsrs Abraços
... É essa hora uma hora chega!!! Só espero que essa minha hora do cansaço se canse e desapareça...rsrs... Abraços! Muito Lindo, ficou seu cantinho...
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