Como diria a Simone, então é Natal! Mais uma vez, Natal! Até onde sei nessa data os cristãos se reúnem para celebrar o nascimento do verbo que se fez carne e sangue a fim de nos redimir por meio do amor, o seu maior legado. Esse é o verdadeiro espírito do Natal, ou ao menos deveria ser. Entretanto, o que temos visto ultimamente é uma festa que a cada ano se distancia mais e mais da sua essência, tornando-se uma verdadeira orgia consumista. Orgia esta que pouco a pouco mata o Menino Jesus, assim como todos os meninos e meninas que em cada um de nós existe. Eu digo “mata” porque precisamos crescer com urgência para que, com urgência, nos tornemos consumidores ávidos e eficientes. Não tenho nada contra o consumo, tampouco odeio o bom velhinho. Quero apenas lembrar que o Natal existe porque o Menino Jesus nasceu. E é justamente para celebrar esse nascimento que o Poema Falado deste mês traz os Versos de Natal do Manuel Bandeira, escritos em 1939, que nos dizem: “Espelho, amigo verdadeiro / Tu refletes as minhas rugas, / Os meus cabelos brancos, / Os meus olhos míopes e cansados. / Espelho, amigo verdadeiro, / Mestre do realismo exato e minucioso, / Obrigado, obrigado! / Mas se fosses mágico, / Penetrarias até o fundo desse homem triste, / Descobririas o menino que sustenta esse homem, / Que não morrerá senão comigo, / O menino que todos os anos na véspera do Natal / Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta”. Boa áudio-leitura e Feliz Natal! (por Silvio Benevides)
domingo, 25 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
Se Deus tivesse falado, ele teria dito:
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Desculpa ai, mas tô ficando de saco cheio!!!
Porta da frente continua sendo a serventia da casa
07 de Dezembro de 2011
GERSON SEVERO DANTAS Pero Vaz de Caminha, na famosa carta na qual relata o “achamento” da Terra de Vera Cruz, faz especial referência a maneira cordata com que o invasor foi recebido pelos nativos e tirante os poucos relatos de ataque - ao Bispo Sardinha e a uns poucos desbravadores - sempre quem aporta nessas terras é bem recebido. Sérgio Buarque de Holanda confirmou na teoria o que Caminha viu na pratica e formulou o conceito do brasileiro cordial.
Essa longa tradição de bem receber está na alma de Manaus, provavelmente por ser a Capital do Estado com a maior população indígena do País. Aqui somos pródigos no bom receber, na cordialidade, e há relatos dos mais emocionantes sobre pessoas que chegaram aqui sem nada, receberam apoio de desconhecidos; um prato de comida, um quarto para dormir, provaram um jaraqui frito e nunca mais saíram daqui. Tenho orgulho da minha cidade por isso. Sou um dos autores da coletânea “100 Histórias de Paixão Por Manaus”, da Editora Amazônia Cultural, um belo livro com belas histórias contadas por gentes de todas as partes que vivem e contribuem para o desenvolvimento dessa terra encantada de Ajuricaba. Há muitos imigrantes que contribuem para a grandeza dessa cidade da Barra de São José do Rio Negro. A eles devemos os melhores agradecimentos.
Acontece, porém, que de uns tempos para cá, certamente por conta da pujança econômica da cidade, que atraí todo tipo de pessoa, Manaus vem sofrendo ataques sórdidos e de toda ordem e a todo momento. Reclamam estes desafetos da cidade do nosso calor, reclamam do prefeito, do governador, dos senadores, dos deputados, e até ai tudo bem, eles não são daqui mesmo, só e apenas nos representam, são da casa por assim dizer. Ocorre que esses ataques estão ficando virulentos de mais. Passaram a criticar o povo, as gentes simples que fazem a terra. Criticam nossos hábitos, criticam nossa cultura, nosso estilo de vida, nosso rio, nosso trânsito, nossa culinária, enfim! Tá um bombardeio só! Em todo lugar que vou ouço, ainda calado, esses ataques. Decidi mudar. Portanto cuidado antes de falar mal de Manaus perto de mim. Poderá ser perigoso. Não vou mais ficar calado, até porque viajado que estou, vejo problemas similares em todos os lugares por onde já passei. E tem mais, não me venham com essa de que estou tolhendo o direito à crítica que todos têm. Pelo contrário, prometo ouvi-las com respeito dentro do razoável e do sensato. Não me venham com magoas por não estarem perto dos que gostam, das coisas que amam. Porta da frente senhores continua sendo a serventia da casa. Se definitivamente não gostam da cidade, não querem trabalhar para nos ajudar a construir soluções, por favor vão embora, voltem para suas origens. É o mais sensato!
Portanto, gravem ai detratores: Meu nome é Gerson Severo Oliveira Dantas, tenho 44 anos, sou nascido e criado em Manaus. Sou mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia, formado em quase todos os ciclos escolares em escolas públicas de Manaus. Trabalho para um grupo genuinamente amazonense, dou aulas numa faculdade amazonense, tenho filhos nascidos em Manaus, moro e vou morrer em Manaus se nenhum acidente de percurso acontecer. Amo Manaus como amo minha esposa cujos defeitos do tempo só a tornam mais bela diante de meus olhos. Parodiando uma colega, Manaus é como sexo: “até quando é ruim é bom”.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Cachoeira mais uma vez em cena com o II CachoeiraDoc

Escolhemos começar esta edição com um ato de memória e uma celebração do centenário de um dos grandes homens da história do país. Na sessão de abertura, Marighella, filme de Isa Grispum Ferraz, será exibido na praça. Embalado pela presença – afetiva e política – da família Marighella, o documentário projetará na cidade, entre casas e gente, seu gesto necessário de escritura da história.
E se o documentário povoa as praças da memória, ele também nos leva às praias dos afetos, da política dos afetos. Como sopros de brisa, uma pequena mas preciosa coleção de filmes de Agnès Varda, uma das mais inventivas documentaristas da história do cinema, atravessará o festival. A Mostra Documentários Experimentais reunirá filmes de realizadores brasileiros que compuseram também experiências documentais desafiadoras, articulando vida e invenção e aproximando o documentário das artes visuais. Esse diálogo será ainda festejado no encerramento do CachoeiraDoc com uma intervenção artística em que o movimento siderante das ruas da Moscou de Vertov vai transmutar os muros de Cachoeira.
Como um dos nossos desejos é contribuir para promover o encontro dos documentários com as pessoas, programamos uma sessão especial de Bahêa, minha vida, documentário baiano sobre o time de futebol que mobiliza paixões, inédito em Cachoeira, onde ainda não há sala de cinema.
Na nossa muito jovem trajetória, já temos alguns motivos para celebrar, e um dos mais importantes deles é o conjunto de filmes que recebemos de realizadores do Brasil inteiro, renovando a convicção fundadora de que há uma grande e rigorosa produção de documentários no país, e de que ela precisa ser vista. A Mostra Competitiva Nacional e, no âmbito local, a Mostra Competitiva Bahia constituem uma seleção que demonstra as múltiplas formas através das quais os realizadores brasileiros têm enfrentado os desafios do real. Não percam! (por Amaranta Cesar)
http://salvadornasoladope.blogspot.com/
Dia mundial de combate a SIDA/AIDS: a doença no Brasil

Observando-se a epidemia por região em um período de 10 anos, 2000 a 2010, a taxa de incidência caiu no Sudeste de 24,5 para 17,6 casos por 100 mil habitantes. Nas outras regiões, cresceu: 27,1 para 28,8 no Sul; 7,0 para 20,6 no Norte; 13,9 para 15,7 no Centro-Oeste; e 7,1 para 12,6 no Nordeste. Vale lembrar que o maior número de casos acumulados está concentrado na região Sudeste (56%).
Atualmente, ainda há mais casos da doença entre os homens do que entre as mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Esse aumento proporcional do número de casos de aids entre mulheres pode ser observado pela razão de sexos (número de casos em homens dividido pelo número de casos em mulheres). Em 1989, a razão de sexos era de cerca de 6 casos de AIDS no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2010, chegou a 1,7 caso em homens para cada 1 em mulheres.
A faixa etária em que a aids é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 25 a 49 anos de idade. Chama atenção a análise da razão de sexos em jovens de 13 a 19 anos. Essa é a única faixa etária em que o número de casos de aids é maior entre as mulheres. A inversão apresenta-se desde 1998. Em relação aos jovens, os dados apontam que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV.
Quanto à forma de transmissão entre os maiores de 13 anos de idade, prevalece a sexual. Nas mulheres, 83,1% dos casos registrados em 2010 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 42,4% dos casos se deram por relações heterossexuais, 22% por relações homossexuais e 7,7% por bissexuais. O restante ocorreu por transmissão sanguínea e vertical.
Apesar de o número de casos no sexo masculino ainda ser maior entre heterossexuais, a epidemia no país é concentrada. Ao longo dos últimos 12 anos, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Já entre os gays a mesma faixa houve aumento de 10,1% entre os gays da mesma faixa. Em 2010, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com AIDS, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.
Em números absolutos, é possível ver como a redução de casos de AIDS em menores de cinco anos é expressiva: passou de 863 casos, em 2000, para 482, no ano passado. Comparando-se os anos de 2000 e 2010, a redução chegou a 55%. O resultado confirma a eficácia da política de redução da transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê).
Quando todas as medidas preventivas são adotadas, a chance de transmissão vertical cai para menos de 1%. Às gestantes, o Ministério da Saúde recomenda o uso de medicamentos antirretrovirais durante o período de gravidez e no trabalho de parto, além de realização de cesárea para as mulheres que têm carga viral elevada ou desconhecida. Para o recém-nascido, a determinação é de substituição do aleitamento materno por fórmula infantil (leite em pó) e uso de antirretrovirais.
Atento a essa realidade, o governo brasileiro tem desenvolvido e fortalecido diversas ações para que a prevenção se torne um hábito na vida dos jovens. A distribuição de preservativos no país, por exemplo, cresceu mais de 60% entre 2005 e 2010 (de 202 milhões para 327 milhões de unidades). Os jovens são os que mais retiram preservativos no Sistema Único de Saúde (37%) e os que se previnem mais. Modelo matemático, calculado a partir dos dados da PCAP de 2008, mostra que quanto maior o acesso à camisinha no SUS, maior o uso do insumo. A PCAP é a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas relacionada às DST e AIDS da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade.
Em relação à taxa de mortalidade, o Boletim também sinaliza queda. Em 12 anos, a taxa de incidência baixou de 7,6 para 6,3 a cada 100 mil pessoas. A queda foi de 17%.
Questões de vulnerabilidade – O levantamento feito entre jovens, realizado com mais de 35 mil meninos de 17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco anos, a prevalência do HIV nessa população passou de 0,09% para 0,12%. O estudo também revela que quanto menor a escolaridade, maior o percentual de infectados pelo vírus da AIDS (prevalência de 0,17% entre os meninos com ensino fundamental incompleto e 0,10% entre os que têm ensino fundamental completo).
O resultado positivo para o HIV está relacionado, principalmente, ao número de parcerias (quanto mais parceiros, maior a vulnerabilidade), à coinfecção com outras doenças sexualmente transmissíveis e às relações homossexuais. O estudo é representativo da população masculina brasileira nessa faixa etária e revela um retrato das novas infecções. Veja também o BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 2011 (Fonte: Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Brasil).
Imagem: GUGDesign
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Por que usar a camisinha?

Mas o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV. Além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico, previne contra a reinfecção pelo vírus causador da aids, o que pode agravar ainda mais a saúde da pessoa.
Guardar e manusear a camisinha é muito fácil. Treine antes, assim você não erra na hora. Nas preliminares, colocar a camisinha no(a) parceiro(a) pode se tornar um momento prazeroso. Só é preciso seguir o modo correto de uso. Mas atenção: nunca use duas camisinhas ao mesmo tempo. Aí sim, ela pode se romper ou estourar.
A camisinha é impermeável – A impermeabilidade é um dos fatores que mais preocupam as pessoas. Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos esticaram e ampliaram 2 mil vezes o látex do preservativo masculino (utilizando-se de microscópio eletrônico) e não foi encontrado nenhum poro. Em outro estudo, foram examinadas as 40 marcas de camisinha mais utilizadas em todo o mundo. A borracha foi ampliada 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV) e nenhum exemplar apresentou poros.
Em 1992, cientistas usaram microesferas semelhantes ao HIV em concentração 100 vezes maior que a quantidade encontrada no sêmen. Os resultados demonstraram que, mesmo nos casos em que a resistência dos preservativos mostrou-se menor, os vazamentos foram inferiores a 0,01% do volume total. Ou seja, mesmo nas piores condições, os preservativos oferecem 10 mil vezes mais proteção contra o vírus da aids do que a sua não utilização.
Onde pegar – O preservativo masculino é distribuído gratuitamente em toda a rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar, ligue para o Disque Saúde (0800 61 1997). Também é possível pegar camisinha em algumas escolas parceiras do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas.
Você sabia... Que o preservativo começou a ser distribuído pelo Ministério da Saúde em 1994?
Como é feita a distribuição – A compra da maior parte de preservativos e géis lubrificantes disponíveis é feita pelo Ministério da Saúde. Aos governos estaduais e municipais cabe a compra e distribuição de, no mínimo, 10% do total de preservativos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e de 20% nas regiões Sudeste e Sul. Veja a distribuição nos estados.
Após a aquisição, os chamados insumos de prevenção saem do Almoxarifado Central do Ministério da Saúde, do Almoxarifado Auxiliar de São Paulo e da Fábrica de Preservativos Natex e seguem para os almoxarifados centrais dos estados e das capitais (Fonte: Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Brasil).
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